terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Estávamos devendo algo pra vocês...

Faz um tempo que não postamos mais. Imagino que muitos vieram até aqui procurando novidades nossas e não encontraram. Nos perdoem. Foi um mês corrido pra nós. E também cheio de coisas novas. A mais importante foi a chegada da neve e do frio. Foi necessário aprender a lidar com este tempo: casacos, calçados, locomoção, limpeza, etc.

Nossa rotina segue a mesma de sempre: vou pra aula todo dia de manhã, a Lu fica em casa com a Ana. Até agora a Lu tinha aula em casa, mas a professora dela não vem quando tem neve. Então, não sabemos como vai ser daqui pra frente. Vamos ter que pensar em algo.

Várias coisas legais aconteceram: participamos de um culto brasileiro em Nürnberg, na comunidade dos nosso amigos Mathias e Andreia Ziegler. Tinha feijoada e guaraná, e foi bem divertido passar a tarde com a familia deles. Também fomos pela primeira vez num culto aqui na nossa cidade. Um culto diferente, que acontece uma vez por mês na Igreja. Foi bem ao estilo que estavamos acostumados no Brasil. O que nos fez sentir em casa e à vontade pra perguntar pros lideres sobre as atividades da comunidade, grupos onde poderíamos participar. Temos expectativas de encontrar um grupo de casais e poder fazer amigos aqui na cidade. No último domingo a Lu tocou com um pequeno grupo de louvor no culto que a Adriane fez pra famílias Alemãs-Brasileiras daqui da região. O culto foi meio em português meio em alemão, os hinos também. Depois teve café, com direito a pastel e orelha de gato, ou "cueca virada", depende do lugar no Brasil. Ainda foi feito um amigo secreto antes de encerrarmos.

A Ana Luisa é um capítulo a parte. É uma figura essa menina. Muito tagarela. Ela senta pra brincar e fica o tempo todo tagarelando. Ainda nada de engatinhar bem direitinho. Ela senta e vai se arrastando pelo chão. Dá um jeito de se locomover. Quando senta na mesa sempre perguntamos onde tá a vovó? E ela aponta o dedo pro porta retratos. Daí nós mostramos as fotos dos avós e falamos os nomes deles pra ela. Aí é só sorrisos!! Ahh ela ama um Skype. É só ouvir o barulho da chamada que já começa se ouriçar pra ver quem é. Outro dia deixamos ela no Skype com a Tania enquanto comiamos. Ela ficou mexendo no teclado até que a tela do windows ficou invertida em 90º. Deu um serviço pra descobrir como voltar ao normal. Ela também nos deu um susto semana passada. Teve febre uns dois dias 37º à 38,5º. Ligamos no médico, mas como ele não estava foi nos dito pra ligar numa central. Lá nos disseram que um médico de plantão poderia nos atender. Uns minutos depois avisaram que um clinico geral viria nos visitar. Achamos bem legal, apesar de não ter resolvido muito, pois ele não tinha equipamentos pra ver o ouvido e garanta de um bebe. No outro dia cedo levamos a Ana no médico dela. Ele não descobriu nada, disse que alguma coisa ainda poderia vir. Fomos levando com remédio pra febre. Mais um dia e ela acordou cheia de "pipoquinhas" (bolinhas) vermelhas pelo corpo todo. Ficamos preocupados, pois poderia ser Windpocken (catapora) ou Röteln (Rubéola). Fomos ao médico à tarde. E ele nos tranquilizou dizendo que eram apenas bolinhas (ausschlagen) possivelmente causadas por um vírus que deu aquela febre nos dias anteriores. Ele deu um creme para a pele, e em dois dias a Ana já estava bem.

Agora estamos nos preparando pro Natal e pro aniversário da Ana. Fizemos algumas decorações de Natal, coisa simples, mas para marcar esta época tão importante. Não vai ser fácil passar duas datas tão significativas pra nós longe da nossa família. Cremos que Deus vai nos carregar por estes tempos. Estamos também nos preparando pra festinha da Ana. Vamos fazer dia 16 lá na Missão. Convidamos os amigos daqui e vamos festejar com pratos brasileiros e alemães. A Lu tá fazendo a decoração e lembrancinhas. O motivo será de bailarina!!

Queridos, por hoje é só isto que vou escrever. Esperamos mantê-los mais atualizados daqui pra frente. Se der certo, vamos colocar uma camera pra transmitir o niver da Ana. Se funcionar vamos colocar o link no nosso Facebook.



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mais um ano de vida

Olá pessoal, aqui é a Lu, 
então no dia 26 de outubro completei mais um ano de vida. E é sobre este dia que venho conversar com vocês. Foi um dia de refletir, de chorar, de sorrir e meditar em tudo o que o Senhor Deus já fez até agora em minha vida. Recebi vários telefonemas de amigos e da família, todos eles muito especiais. Até serenata na internet fizeram. Sim, algumas mulheres da comunidade de Timbó e os compadres Dino e Bina, me presentearam com uma serenata via Skipe hehhe. Eles cantaram, leram a Palavra e oraram comigo. Isso foi muito bom, pois foi uma injeção de ânimo para o meu dia. Cada pessoa que naquele dia me deu os parabéns, quer seja por telefone, email, skipe ou facebook, foi para mim uma grande alegria. É muito bom saber que temos amigos especiais lá no Brasil e que mesmo distantes não se esquecem de nós. Valeu, mesmo pessoal!

Neste dia pude ver mais uma vez a mão de Deus agir e me aconchegar em seus braços. Como diz o salmo que ganhei num cartão de aniversário da amiga Érica que estuda aqui na escola da teologia: "O Senhor é o meu Pastor e nada ma faltará...A tua vara e o teu cajado me consolam". Amém.
Também especial neste aniversário, foi o fato de ser o primeiro com a minha filha. Aiiiii foi muito gostoso neste dia receber o carinho dela e saber que vamos passar muitos momentos desses juntas... não vejo a hora de chegar o próximo e ouvir ela dizer: Parabéns mamãe, eu te amo!! Será demais!!

Fiquei durante as últimas semanas pensando se faria ou não um café para comemorar esta data. Sabem, as vezes não me sentia animada para isso, pois pensava nos amigos do Brasil, nos parentes todos longe e os compadres que moram aqui, também vivem longe da nossa cidade. Um em cada canto da Alemanha.

Mas me animei, e tenho que dizer que o Alex me ajudou pra caramba nisso. Ele é um marido maravilhoso e super companheiro. Então compramos as coisas e eu mesma fiz o bolo, que era de damasco com nozes, ficou "super". Também fiz pão de queijo, pastelão de frango e assei um Apeflstrudel. Convidei alguns amigos que fizemos por aqui para virem em nossa casa no sábado (27/10). Tinha previsão de neve para este  dia, mas eu e o Alex não acreditávamos hehhe. Mas quando acordamos pela manhã, lá estava ela. E caiu neve o dia todo, mas o povo veio mesmo assim. A neve é linda!
Foi uma tarde maravilhosa, só tenho motivos para louvar a Deus, por estas pessoas que Ele colocou em nossas vidas. Obrigada Pai!
Estávamos em 5 brasileiros e 3 alemães. Isso era uma confusão de línguas heheh, me senti no pentecostes. Me alegrei que a comida agradou ao paladar dos alemães. Disseram que estava: prima, super... hehe
Novamente pude ter a casa cheia como tinha muitas vezes ai no Brasil. E é uma delícia!

Mesa arrumada!

Esperando o pessoal, com neve lá fora...

Pastelão



O final de semana foi gelado, mas não nos deixamos vencer hehe. E saímos para ir domingo no culto. A Andreia, esposa do Pastor nos convidou para uma feijoada na comunidade. Pois o sogros dela (alemães) que são missionários no nordeste do Brasil, iam falar sobre sua missão. Foi um dia muito legal, nos sentimos muito bem. E ainda podemos comer feijão e tomar guaraná (humm). A tarde fomos para casa dela e a família toda foi para lá tomar um café e assistir TV. Isso foi demais. Todos falando novamente alemão e português ao mesmo tempo, nos sentimos numa tarde de domingo no Brasil com a família. Deus tu és fiel!

Pegando o trem para ir para o culto
temperatura: -2ºC
Ana cangaceira... no culto!
Ah! ela nos deu um carrinho de bebê que tem as rodas bem grande e são especias para andar na neve e fazer uma corridas hehe. O carrinho também tem um saco que o bebê fica dentro protegido do frio. Muito obrigada querida, isso com certeza será muito útil para a Aninha.


Bom pessoal, acho que é isso.     
Ah! lembrei de mais uma coisinha, agora aqui este final de semana acabou o horário de verão. Então a diferença no fuso horário para o Brasil agora é só de 3 horas. Bem melhor para nos falarmos na net e telefone. Também essa semana instalaram a nossa internet, agora temos acesso ao mundo de novo. Portanto, já podem fazer suas contas no skipe para conversarmos hehhe.
E ainda sobre a mudança no horário, deu problema hehe. Pois a Ana acordava sempre a 7:30h da manhã, mas com essa mudança de horário acorda as 6:30h  ;(  ouuu nãoooo!!
Estou tentando adapta-la, mas não será fácil convencê-la a dormir uma hora a mais. Pois criança tem seu reloginho... vamos ver no que dá. Pois para a Ana não adianta colocar para dormir uma hora mais tarde, que ela acorda no horário de sempre no outro dia.

Por enquanto é só... beijos bem gelados do outro lado do mundo!!! 
Luciane.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Visitas e estudos



Vocês já sabem que pra nós tem sido um desafio acessar a internet. Sempre que precisamos algo mais veloz temos que ir até no escritório da Mission EineWelt. Não é longe, apenas duas quadras de casa, mas agora que as temperaturas estão baixando não é muito legal ficar passando frio na rua pra acessar a internet (quando precisamos a noite, por exemplo). Só pra justificar, este é um dos motivos que nos impossibilita de publicar com mais frequência no blog.

Vamos a mais um post então? Desta vez queremos falar de alguns acontecimentos bem legais por aqui: um domingo com uma família alemã, a matricula na Universidade de Erlangen, a visita do Gabriel e da Tati, a prova de alemão pra entrar no novo curso e a visita ao Vitor e a Rebeca em Jena.

Dia 7 de outubro fomos à Dietenhofen na casa da família Rudolph. É a segunda vez que fomos lá. A primeira já contamos aqui no blog. Mas, a diferença desta vez foi que estávamos apenas nós e a família. O casal Jürgen e Karin e o opa e a oma nos receberam para o almoço de domingo. Um pouco mais cedo fomos todos à Igreja para o culto de Ação de Graças. Eu cuidei da Ana, pra Lu poder aproveitar um pouco mais o culto. Assim, não consegui pegar muito da pregação, mas o pouco que peguei foi bem interessante – a respeito do bem-estar que as pessoas buscam. O que significa bem-estar pra nós aqui na Europa, em comparação com aqueles que só tem o que comer. O que significa gratidão nesse contexto. O pastor comunicava bem e tinha um coral muito bom acompanhado por um grupo de metais. Excelente! Teve Santa Ceia, e o que nos surpreendeu foi a forma de se fazer: com pão e uvas! Super prático (a Igreja antiga não permitia todo o povo se deslocar pra frente) e ecológico (sem copinhos de plástico pra jogar fora ou ter que lavar depois)!

Depois fomos pra casa dos Rudolph, onde a oma tinha preparado carne assada (de porco – lógico!) e Knödel – uma massa de batatas cozida em formato de bolinho. Muito boa a comida. Bom, eles são agricultores, então lá é tudo mais caseiro e natural. Muito gostoso. O legal foi passar o domingo todo se virando pra falar alemão, entender e ser entendido. Mas deu certo. Conversamos de tudo: política, economia, viagens, Igreja, agricultura, história. Aprendemos muito naquele dia e ficamos muito felizes em saber que podemos contar com uma família tão legal perto de nós. Eles nos ofereceram mais uma vez o carro, e desta vez estávamos mesmo precisando, pois na terça à meia-noite o Gabriel e a Tati chegariam em Nürnberg e precisaríamos busca-los.

Na segunda-feira (08/10), foi o dia decisivo pra minha matricula na Universidade. Arrumamos todos os papeis. A Frau Hauerstein e o Dr. Fischer organizaram tudo pra mim. Então só precisei ir até Erlangen e apresentar tudo. Bom, eu estava preocupado. Apesar de ter o Zulassung  zum Promotion (permissão para doutorado), até receber o carimbo final eu fique apreensivo. Mas deu tudo certo. Os documentos foram todos aceitos e encaminhados e saí de lá com o comprovante de matricula na mão. Agora ainda só estou aguardando vir pelo correio o cartão de estudante pra ter acesso à biblioteca e outros serviços. Dentro de dois semestres eu preciso reapresentar os documentos junto com os requisitos que eu terei que preencher. Sempre soube que algumas disciplinas eu teria que fazer, então isso não me preocupa. Só vou ter que esperar mais um pouco pra saber quais.

Na terça-feira (09/10) à meia noite o Gabriel e a Tati chegaram. Eles moram no norte, em Duisburg, e são de Foz do Iguaçu. São grandes amigos e compadres nossos do tempo do grupo de jovens em Foz. O Gabriel está terminando o curso de Engenharia Elétrica e trabalha na Intel, a Tati está terminando o Mestrado em língua inglesa. Eles ficaram conosco até sábado a noite. Foi uma semana maravilhosa. Eles curtiram muito a nossa Ana, brincaram um monte com ela. Ela até aprendeu a bater palmas essa semana! Ficamos muito felizes com esse avanço da Ana. E claro, eles também! Visitamos juntos a nossa cidade vizinha de Ansbach, e um pouquinho de Nürnberg. No mais, aproveitamos pra tomar muito terere com erva Kurupi!!!! Relembrar momentos passados da JE-Foz, tocar músicas de louvor ao estilo brasileiro. Foi muito bom. Na quarta eles foram conosco para a primeira consulta da Ana no médico. Foi bom ter a Tati junto, assim ela nos ajudou a entender tudo. O médico Güller (doutor aqui só se tiver doutorado, senão é só médico “Artz”, em alemão) é muito legal – tirou nossas duvidas, viu as vacinas da Ana e nos deu as receitas pros remedinhos básicos. Interessante que aqui, depois dos 6 meses, as consultas são só com um ano e depois a cada 6 meses.








Na sexta-feira (12/10) eu fui à Nürnberg pra fazer a prova de nivelamento. Estava um pouco nervoso, porém depois que a Tati me disse que eu não precisava me preocupar, pois haveria um curto certo pro meu nível, eu fiquei tranquilo pra fazer a prova. Estava bem difícil, o vocabulário era ao mesmo tempo familiar e complexo. Fiz a prova com tranquilidade, escrevi um texto razoavelmente longo, ainda que bem elementar em termos de gramática. Sinceramente, fiquei achando que eu poderia não alcançar o nível pro B1, pela dificuldade da prova. Mas, pra minha surpresa o resultado da prova deu que eu atingi o nível do B2. Detalhe, que eu fiz apenas um curso de A2 pela metade numa escola de idiomas. Bom, agora nesta semana começam as aulas e tenho que ver se vou aguentar um curso num nível mais avançado sem ter passado por um nível mais fundamental de gramática. Acho que vai me dar bastante trabalho!

Na quarta (17/10) viajamos para Jena, no estado da Turíngia. Fica na parte oriental da Alemanha, próxima à Weimar e Leipzig. O Vitor e a Rebeca nos recepcionaram na chegada à Alemanha. Ele esta terminando o doutorado em Novo Testamento e a Rebeca está fazendo um curso muito legal de aconselhamento. Eles também são nossos compadres!

Foi um tempo mais de conversar, passear na cidade e curtir um tempo juntos. Foi muito gostoso, pois os dias estavam ensolarados e um pouco mais quentes. As arvores estavam com tons amarelos, vermelhos e dourados. Luz e cena perfeita para fotos. Veja abaixo algumas.
Visitei a Biblioteca da Universidade para ter uma noção do que me espera. A estrutura aqui é muito boa para pesquisas!






No sábado a Rebeca fez uma festinha de aniversário. Ela preparou várias coisas muito boas e convidou amigos tanto brasileiros quanto alemães. Foi bem divertido, pois misturava um pouco das duas culturas. Alguma comidas bem brasileiras, como pão de queijo mineiro – feito pela Tânia, uma mineira amiga da Rebeca. A Reby fez cuca de banana, pra lembrar Santa Catarina. E claro, tortas bem alemãs. Foi muito divertido.

Voltaríamos no domingo, porém, quando comprei a passagem não conferi os dados que a moça colocou. Eu pedi pra domingo, e ela marcou pra segunda-feira. Estava tudo pronto pra sairmos e eu de bobeira olhei a passagem e vi que a data não conferia. Bom, fazer o que né. Ficamos mais um dia, aproveitamos o sol pra sair e comer fora, tomar um sorvete, um café. Foi bem agradável o domingo, além de perfeito para tirar mais algumas fotos.

Agora estamos voltando pra casa no ICE – Intercity Express, o “trem bala” alemão.
Abraços para todos. Deus os abençoe e até a próxima!!


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pouco mais que um mês na Alemanha


Dia 18 de setembro completamos um mês aqui na Alemanha. Ficamos devendo pra vocês um relato mais detalhado de tudo o que tem acontecido. A correria do dia-a-dia não nos permitiu escrever com tanta frequência, além do acesso a internet ainda ser difícil.

Nesta última semana terminei uma etapa do curso de alemão. Completei o nível A2, e na segunda semana de outubro começo o B1. Em fevereiro devo fazer um exame (chamado DSH) que comprova o nível de conhecimento da língua para estudar na Universidade. A Lu ainda não teve aulas de alemão, mas a Missão já conseguiu uma professora e já está agendado um encontro com ela pra decidirmos os horários das aulas. Agora é essencial que nós saibamos falar a língua pra poder fazer amizades e viver na nova cultura.

Algo que nos deixou preocupados foi a negativa da matricula na Universidade. O setor de matricula disse que sem um mestrado não seria possível ingressar no doutorado. Isto parece obvio quando pensamos no sistema brasileiro: bacharelado – mestrado – doutorado. Acontece que aqui existem momentaneamente dois sistemas, um antigo onde se estudava teologia por 6 a 8 anos e depois poderia se ingressar no doutorado ou ser ordenado pastor. E um sistema novo, parecido com o nosso. Esta mudança visa preparar o sistema alemão para os “padrões internacionais”. Quando planejamos vir pra cá não sabíamos que a Universidade de Erlangen já estava com a transição concluída. Outros colegas não tiveram o mesmo problema que nós, então planejamos tudo conforme o sistema antigo. O Dr. Fischer, que o responsável pelos doutorandos e intercambistas na Mission EineWelt, fez contato com meu orientador e com a Universidade. Meu orientador falou com o orientador do Vitor pra saber como foi feita a admissão dele lá em Jena. Em uma semana encontraram o caminho. Recebi a autorização pra matricula por 2 semestres. Neste tempo o órgão oficial em Bohn fará a avaliação do meu currículo e indicará o que eu preciso fazer para complementar os meus estudos. Na verdade, eu já sabia que seria necessário fazer uma complementação de estudos aqui. O que foi surpresa para mim foi a exigência do grau de Mestre em Teologia. Exigência esta que não é feita aos estudantes alemães, apenas aos estrangeiros. Argumentamos que com a ordenação, na prática ,além dos estudos acadêmicos eu tenho pratica pastoral numa comunidade. Nesta semana vou efetivar a matricula, e aí está tudo certo pra começar os estudos. Dia 12 faço um teste de equivalência do curso de alemão pra ingressar num curso preparatório para o DSH (certificado de conhecimento do alemão para o ensino superior). Neste semestre o foco será o estudo do alemão, com o DSH feito posso me ocupar com os meus estudos teológicos.

Tirando esta loucura burocrática toda, as duas últimas semanas foram cheias de aventuras para nós. Fomos duas vezes para Nürnberg e uma vez para Fürth, no IKEA. O primeiro passeio pra Nürnberg foi pra comprar roupas mais quentes pra Ana. Acabamos passando a maior parte do tempo nas lojas, procurando, provando, escolhendo uma série de coisas que a Ana precisava pra esse outono. Foi um bom dia de compras e passeio, pra terminar o dia tomamos um sorvete que estava uma delícia.
Na segunda-passada fomos mais uma vez ao IKEA em Fürth. Desta vez nos aventuramos com  trem e ônibus. Eu estava no curso de alemão pela manhã, a Lu e a Ana vieram sozinhas de Neuendettelsau com o trem. Foi a primeira vez que elas saíram de trem sozinhas. Mas foi tudo bem. Peguei elas na estação e apenas trocamos de plataforma pra ir até Fürth. Lá foi um pouco difícil pra encontrar o ponto certo pro ônibus. Achei que fosse um ponto, ficamos esperando, e quando me dei por conta vi nosso ônibus num outro ponto já saíndo. Tarde de mais. Aprendizado: observe qual é o Richtung  (sentido) da linha! Esperamos vinte minutos e finalmente pegamos o ônibus até o IKEA. Lá foi uma aventura! Fomos com objetivo de comprar um colchão novo pra cama. Não estávamos nos adaptando aos dois colchões separados e ainda de tipos diferentes. Então resolvemos investir nossas economias num colchão, afinal serão 4 anos dormindo por aqui. hehehe
Esperando o onibus pra ir ao IKEA - primeira vez que a Ana andou de onibus hehehe
Fomos passando pelas prateleiras e amostras, olhando, escolhendo o que precisávamos, aquela coisa normal de se ir numa loja – claro que o IKEA é uma monstruosidade de loja. Quando estávamos lá no final, olhamos pro relógio e vimos: puxa, não vai dar tempo de pegar o próximo ônibus, vamos ver na net quais são os próximos. Verificamos qual era o próximo horário – tínhamos uns 50 minutos pra decidir o que fazer. O problema era que não estávamos  decididos sobre qual colchão levar. Se compraríamos um mais em conta e uma cama menor, ou se ficaríamos com a cama da casa e pegaríamos um colchão maior (pro tamanho da cama que temos). Fomos lá analisamos, calculamos e decidimos ficar com o que havíamos escolhido. Supermarket (quem lembra desse programa na Band?? Haha), saímos correndo e fomos ao caixa. Pagamos, fomos retirar o colchão e despejar no serviço de entrega. Demorou muito e perdemos o ônibus. Só que o próximo só em uma hora e meia. Bom, esquentamos comida pra Ana, pegamos um lanche pra nós (o IKEA tem tudo – lanchonete, restaurante, comida infantil orgânica!!!) e esperamos o próximo ônibus. Nesse tempo caiu uma chuvarada daquela. Pensamos que estaríamos perdidos – pagar taxi ou algo assim pra sair dalí. Mas a chuva acalmou e parou até a hora da nossa saída. Agora vem a pior parte. Pegamos o ônibus e fomos até a estação do U-Bahn (metrô) em Fürth. Fomos descendo as escadas com o carrinho da Ana (ela já estava dormindo a essa altura – já eram 20h), já estávamos na escada rolante com o carrinho pendurado quando ouvi o barulho do metrô. Me abaixei, olhei o Richtung (agora já tinha aprendido a lição hehe),  vi que era o nosso e era o último!!! Corremos, empurrando o carrinho e entramos ligeiro no vagão. Cruzamos a porta e já apitou avisando que iria fechar. Ufa!! Dentro do metrô. Próxima etapa, ir até a Hauptbahnhof  (estação central) de Nürnberg. O metrô chegaria na Hbf  as 20:30. Se não me engana tinha 8 estações no caminho. Olhavamos pro relógio e pensávamos, ele não vai chegar a tempo. E ainda temos que cruzar toda a Hbf pra pegar o nosso trem as 20:36 lá na penúltima plataforma. Mas deu certo. Chegamos na Hbf um minuto antes do horário, subimos a escada rolante com o coração na mão e quando percebi já estávamos dentro da Hbf no acesso pras plataformas. Como diariamente não uso o metrô, não sabia que havia um acesso direto no metrô pras plataformas, achei que teria que andar um monte e por isso a preocupação. Mas deu certo, fomos até a plataforma, embarcamos e seguimos pra casa. Claro, como sempre no caminho precisamos trocar de treme seguir a pé até em casa mais uns 15 minutos. Chegamos podres, cheios de sacolas na mão. Mas satisfeitos por ter conseguido cumprir esta tarefa. Obrigado Deus que nos guardou nessa loucura!

O passeio pra Nürnberg na sexta-feira já foi bem mais tranquilo. Foi bem passeio turístico mesmo. Claro que sempre acontecem coisas inusitadas, como a Ana fazer xixi no carrinho enquanto trocávamos ela dentro do primeiro trem!! Imagina, um dia inteiro pela frente e o carrinho dela encharcado de xixi. Levamos ela no colo até o carrinho secar um pouco e na primeira loja em Nürnberg compramos um body, pois a Lu tinha leva tudo, menos um body! Mas o passeio foi muito legal. Andamos “meio sem rumo” e numa certa rua a Lu parou pra tirar foto de uma “Vespa” e com isto acabamos percebendo que estávamos na frente do Museu do Brinquedo (Nürnberg é conhecida como a cidade do brinquedo). Decidimos entrar – foi muito bom conhecer a história dos brinquedos desde tempos remotos até a atualidade. Tinha uma casa de bonecas, ou melhor, uma cozinha de bonecas da época dos imperadores alemães. Era original, pertenceu as filha de um imperador e dava pra ver as marcas na chapa do fogão de que elas botavam fogo de verdade!!
Depois passamos pela Igreja do Santo Sebaldo. Naquele local na Idade Média um monge de nome Sebaldo construiu uma capela e iniciou uma comunidade cristã. Hoje está ali uma grande igreja medieval (a primeira e mais antiga de Nürnberg) e os restos mortais do “santo” estão no altar da Igreja.
Seguimos subindo a ladeira e chegamos até na casa do Albrecht Dürer, famoso pintor da época da Reforma Protestante. Quem nunca viu num Igreja a famosa pintura das “mãos orantes”? Obra de Dürer. Dali cruzamos o muro da cidade antiga e fomos até o castelo da cidade, o Kaiserburg. Não era uma moradia, mas um castelo estratégico onde os reis e depois, imperadores, reuniam-se com seus conselheiros para tomada de decisões, dietas imperiais, banquetes, e julgamentos públicos. Visitamos o museu e a capela e o palácio, onde eram oferecidos os banquetes e onde ficava o quarto e escritório do imperador. Interessante que não há mobília dentro do palácio, pois como não era uma moradia, sempre que havia uma visita do rei ou imperador, as famílias importantes da cidade traziam suas mobílias para decorar e servir ao palácio.
Do burgo descemos pela cidade velha passando pelo mercado (Marktplatz) onde esta a Frauenkirche e uma fonte com o famoso “anel dourado”. Os supersticiosos giram ele pra ter sorte. Os turistas giram pra dizer que giraram o anel dourado de Nürnberg e tirar uma foto depois. Hehe.
Rio Pegnitz na cidade antiga
Museu do Brinquedo
"Vespa" em homenagem ao Valmor Zimmermann hehe


Igreja St. Sebaldo

Vista do Castelo
Umas faquinhas pro meu compadre Israel
Patio do Castelo
Mac - esse cara aí sim bota medo!!! hahaha


Patio do Castelo
Casa do Albrecht Dürer
O tal do "anel dourado"

Ah, ontem fomos ao culto numa Gemeischaft em Nürnberg. O pastor Mathias e sua esposa Andreia são brasileiros e estão há 6 anos aqui. Foi bom estar numa comunidade de novo, ouvir uma pregação, conversar um pouco com alguém. Esperamos manter contato com eles e sua comunidade.

A Ana está de mais! Cada vez mais percebemos como ela está crescendo. O comportamento dela vai mudando, as vontades vão aparecendo! Ela voltou a distribuir sorrisos pro pessoal e está um amor. Ela ganhou um fantoche de leão do banco, e ama quando eu brinco com ela usando o fantoche. Ela abraça ele, quer morder, dá gritinhos! Uma figura.

Agradecemos as orações e o carinho de vocês. Sentimos falta dos amigos e amigas do Brasil, da comunidade em Timbó e da família. Continuem orando por nós. Temos visto como Deus é bondoso conosco e como tem nos sustentado em todos os sentidos. O aprendizado aqui tem sido diário e louvamos a Deus por isto.

A internet em casa está a caminho, agora apenas aguardamos a instalação!! Espero que seja logo!
Abraços, beijos!!
Alex, Lu e Ana Luisa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dia a dia da Lu


Olá pessoal, hoje resolvi escrever para o nosso blog e contar para vocês como tem sido o meu dia a dia. Os meus dias até que tem sido bem ocupados hehhe. Agora estou uma verdadeira dona de casa. Passo o dia a cuidar da casa, limpar tudo, cuidar da Ana, fazer comida, lavar roupas. A tarde quando o Alex chega geralmente damos uma volta em família e muitas dessas são para ir ao mercado ou na missão resolver alguma papelada. Ainda temos bastantes papéis para preencher de tudo o que é coisa. A noite depois de jantarmos todos juntos a Ana toma um banho e vai dormir, por volta das 19:30h. Então Alex e eu descansamos um pouco, para então, fazermos o nosso almoço do outro dia e lavar toda a louça. Mais tarde da noite também é quando conseguimos falar com o pessoal do Brasil, por causa do fuso horário.

A parte mais complicada do meu dia tem sido o fato de que preciso almoçar todos os dias sozinha. E aqui em casa neste momento fica um silêncio absurdo, dá só para escutar os pássaros e o tic tac dos relógios. Pois nesse horário a Ana já está fazendo sua soneca e o Alex só chega em casa depois das 15:30h. Mas Deus tem a cada dia me ajuda nesta "arte" de ficar só. Digo arte, porque quem me conhece pode imaginar como é pra mim isso.
No entanto, tivemos ontem uma ótima noticia. A partir de outubro o curso do Alex não será mais na escola de línguas, pois lá era mais para ele fortalecer a conversação. Agora ele precisa aprender alemão numa Hochschule, pois necessita ter uma ótima base da gramática, para poder escrever a tese em alemão. Sendo assim, as aulas dele serão somente duas vezes por semana e no final da tarde. Estas aulas também serão lá em Nürnberg (ele vai ter que estudar bastante em casa e ser bem disciplinado). 
Quanto a mim, eles ainda estão vendo uma professora particular, pensamos que no máximo semana que vem isto esteja resolvido. Mas sabe que já estou entendendo bastante coisa, se a pessoa fala comigo mais "langsam" eu consigo entender o que ela quer dizer. O problema está no responder hehhe.

Enquanto a Ana tira o seu cochilo pela manhã, tenho lido a Palavra e meditado cantando e orando ao Senhor. Só Ele pode trazer paz e consolo quando meu coração se entristece lembrando tudo o que deixamos para traz. Ele é o centro de nossas vidas e é só por Ele que estamos aqui. Louvo ao Senhor, porque Ele quer nos usar e peço à Ele que nos sustente dia a dia. Como disse na minha pregação em Timbó antes de ir embora: 4 anos parecem eternos, mas 1 dia dá. E Deus tem nos dado bênçãos dia a dia. Ele nos surpreende.
Também é nestes momentos de louvor que vem as lembranças e recordações. Sinto falta de estar em comunidade. Como dizemos ainda não achamos um lugar para congregar. Sinto falta de cantar com a comunidade, de cantar na banda do louvor, da pregação e do calor das pessoas. Dos grupos vários grupos da comunidade e do carinho de todos estes (vcs estão espalhados por fotos pela nossa casa, assim nos sentimos rodeados dos amigos e lembranças).
AH! Sinto muito falta das piadas do Dino e do Isra heheheh (seus malas, já chorei por falta disso heheh)  e claro da Bina minha fiel escudeira heheh e da Carol meu sempre ombro amigo. Ainda bem que tem internet e telefone no mundo moderno heheheh.  

Claro, e lógico, sentimos falta da família, principalmente de estar naquelas confraternizações onde podíamos reunir a todos e conversar coisas sem muito sentido e rir um monte. Família é tudo de bom e um presente de Deus. E a nossa é muito especial e parceira em todas as situações.
Talvez vcs possam ler e dizer, mas já sente falta de tudo isso. Claro que sim, sempre sentirei, eu tinha saudades de tudo isso até quando saia de férias hehe.

Deus me deu aqui uma nova rotina. Onde preciso aprender a ter paciência. Uma música que tem feito muito sentido para mim diz o seguinte:
“Não é sempre que Deus faz as coisas do jeito que a gente quer, muitas Ele surpreende e faz, diferente até chegar lá. Isso Ele faz pra nos testar, aumenta a nossa vivencia. Ele quer nos ensinar a ter paciência. Porque a paciência é a capacidade de suportar em sofrimento. Não é um esperar desesperado com dúvidas. Mas é um esperar com esperança e certeza de que o Pai conhece a situação. Paciência para com os outros é amor, paciência pra conosco mesmo é esperança, paciência pra com Deus é FÉ”.

 Caraca!! Essa música diz tudo, Amém Senhor!

Antes de ir para as notícias da semana. Quero mandar um beijo bem especial para os nossos afilhados. Os dindos estão com muitas saudades de vocês, mas saibam que vocês estão sempre em nossas orações. Acompanharemos o crescimento de vocês mesmo de longe. Amamos vocês: Luis Flávio, Joana, Pamely e Calebe.    






Mas vamos as notícias da semana:
A Ana está comendo muiiiiito. Ele vai nos deixar pobre heheh... Ela tem comido o dobro ou mais do que no Brasil e tem lanchado no intervalo das refeições. Come em média 400gr de comida nas refeições principais... MEU CHAPÉU!!! Detalhe é que em muitas vezes temos que complementar isso com mais uma fruta, pois a pessoa começa a chorar quando terminamos de dar comida.
Ele gosta muito de suco de maçã e tudo o que tenha maçã, banana e pera. Também aprendeu a comer Kiwi. E para a alegria de nossa amiga Ana Serratine ai do Brasil, a Ana agora como duas vezes por semana bolacha e também Milchbrei.
Ai está a foto de como a Ana anda comendo muito... reparem na barriguinha!!


Ela ainda não engatinha e fica brava se é incentivada heheh. Tudo bem então, faça isso quando quiser!
Quando está perto das pessoas que estão falando em alemão fica prestando muita atenção. Está estranhando um pouco as pessoas e as vezes chora quando a pegam no colo.
Já sabe arrancar as meias do pé. E fala bastante em sua linguagem própria. Diz: Mama e Nenêm, além de outras palavras. Acho que ele vai aprender a falar antes de andar heheh.
Ama brincar com o celular do papai e agora começou a assistir em alguns dias, uns 15 minutinhos de DVD infantil. Fica paralisada assistindo. Dorme umas 12h por noite e três (as vezes duas) sonecas durante o dia. Agora passou a acordar as 7:30h manhã, oba, ganhamos 30 minutos a mais de sono.
Tá cada dia mais esperta e sabe bem o que quer e diz em alto e bom som hehe.
Daqui a alguns dias completará 9 meses, puxa agora falta somente mais 3 meses para sua festinha de um ano, como será?????

A missão aqui comprou uma bicicleta para nós e estão vendo uma para mim com assento para a Ana. Agora fica mais rápido e fácil chegar nos lugares.

No final de semana fomos para a Schwimmbad NOVAMARE, foi a primeira vez da Ana na piscina. Ela amou principalmente quando fomos para a piscina de hidromassagem, ai sim ela ficou alegre. Ficava batendo as mãos na água ao ver aquelas bolinhas e fez a maior festa. A piscina fica perto da nossa casa e é aquecida, uma delícia.



Falando em nossa casa, ainda me refiro a casa em Timbó, muitas vezes no presente hehehe...

No domingo fomos a Herbstfest (festa de outono), organizada pelos portadores de necessidades especiais aqui da diaconia. O dia iniciou com um culto e depois almoço, seguido de apresentações. Passamos a manhã e o inicio da tarde lá. Foi bem legal ver essa festa cultural e também conhecer mais uma das muiiitas coisas feitas pela Diaconia (essa merece um novo post, pois temos muitas coisas para falar e mostrar, quase tudo na cidade é algo da diaconia) da igreja da Baviera. Já fiquei sonhando em fazer algum trabalho parecido com o que a gente tinha na Apae. Quem sabe no futuro posso contar histórias para eles e cantar??        
Culto ao ar livre
Muito legal esse balanço que as crianças amam.
Detalhe: olhe o céu, estava azul, lindo, e os aviões deixaram suas marcas.
Fim de festa, a Ana podre no carrinho
O final de semana foi quente. Mas agora já faz frio, máxima na casa dos 20 graus e a mínima já chegou a 5 graus. Ainda bem que as casas são super quentinhas por aqui, pois as paredes são muito grosas. Assim não precisaremos ligar o Heizung tão logo.

Bom, acho que os pontos altos da semana foram estes. Nos finais de semana temos sempre tentado conhecer algo diferente de nossa cidade ou cidade vizinhas. E sempre relataremos aqui nossas aventuras hehehe. Por sinal os lugares aqui são muito bonitos, curiosos e cheios de histórias.
Espero escrever em breve outro post, sobre o meu dia a dia. Tenho que salientar que o pessoal da Missão (a missão que nos concedeu a bolsa, não é uma comunidade, mas sim um departamento mega grande que envia missionários para vários lugares do mundo) aqui é um amor e tem feito de tudo para que nos sintamos bem aqui.

Outras pessoas que tem se esmerado muito para que nos sintamos bem aqui, são os nossos compadres: Gabriel e Tati, Vitor e Rebeca. Puxa, louvo a Deus por ter colocado vocês em nossas vidas. Vocês são muito preciosos! Obrigada por sempre estarem dispostos a nos ouvir, aconselhar e sanar todas as dúvidas do “novo mundo”. Muito obrigada!

Beijos a todos ai do outro lado do mar!!! Ich liebe euch!  

OBS.: Louvo a Deus todos os dias pela forma como Ele tem cuidado de nós aqui. Ele é FIEL.  

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Für Luther nach Deutschland


Brasilianer promoviert in Erlangen - Mission EineWelt fördert Forschungsvorhaben

Alexander Stahlhoefer kam mit seiner Familie
wegen Luther nach Deutschland.
© Jentsch/Mission EineWelt
Luther kann man nur im Land der Reformation studieren. Das stand für den Brasilianer Alexander de Bona Stahlhoefer von vornherein fest, und genau deshalb ist er für sein Forschungsvorhaben nach Deutschland gekommen. Der 29-Jährige promoviert in den kommenden fünf Jahren in Erlangen über Luthers Gerechtigkeitsbegriff.

Dabei ist es dem Pfarrer der brasilianischen evangelischen Partnerkirche (IECLB) wichtig, eine Brücke zu schlagen zu heutigen Fragen von Politik und sozialer Gerechtigkeit: „Luthers Welt war eine andere“, sagt er. „Wir leben 500 Jahre später.“ Mit einem Doktortitel in der Tasche möchte Alexander Stahlhoefer später in Brasilien Theologie unterrichten.

Die letzten drei Jahre arbeitete er gemeinsam mit seiner Frau in Timbó, einer 35.000-Einwohner-Stadt im brasilianischen Bundesstaat Santa Catarina. Dort sei die deutsche Vergangenheit auf Schritt und Tritt lebendig, erzählt er. Eine Bäckerei heiße etwa „Herrbrot“, der Schuhladen nach seinem Inhaber „Krieger“. Auch sein eigener Name sei natürlich deutscher Herkunft. „Meine Vorfahren kamen 1824 nach Brasilien.“

Über Mission EineWelt werden schon seit vielen Jahren Promotionen ausländischer Theologen an der kirchlichen Augustana-Hochschule in Neuendettelsau betreut. „Mit dem jungen Brasilianer kommt nun erstmals eine Zusammenarbeit mit der Universität Erlangen zustande“, freut sich Dr. Moritz Fischer, zuständig für Studienprogramme bei Mission EineWelt.

Die Stahlhoefers – neben Alexander noch seine Frau Luciane, ebenfalls Pfarrerin, und Töchterchen Ana – haben zunächst ihre Zelte in Neuendettelsau aufgeschlagen. Später ist geplant, nach Erlangen umzuziehen. Ambitioniert wie er ist, möchte Alexander Stahlhoefer seine Doktorarbeit auf Deutsch schreiben und besucht deshalb in den nächsten Monaten erst einmal einen Sprachkurs.


Annekathrin Jentsch, Pressereferentin
eingestellt am 5. September 2012

Extraido do site da Mission EineWelt - http://www.mission-einewelt.de/index.php?id=1768

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Altos e baixos

Lá se vai mais uma semana. Na verdade, estamos atrasados nas postagens, afinal de contas sem internet em casa não dá pra deixar tudo atualizado. Domingo passado (26/08) estivemos com a família da Susanne em Dietenhofen. Eles nos emprestaram o carro pra irmos no IKEA, como já falamos no post anterior. Foi um dia bem bacana, onde participamos de uma espécie de Dia de Comunhão da Gemeinschaft (como a MEUC) deles. Foi bem diferente de todas as nossas experiências em comunidade cristã no Brasil. Parecia que estávamos num daqueles filmes americanos, onde as pessoas assam linguiça na rua e come debaixo de barracas, dividem bolos e fazem o culto ao ar livre. Teve apresentação do grupo de metais com hinos clássicos e mais modernos, e o pastor que pregou tocou algumas músicas mais modernas pro público jovem. Bom, o pastor era uma figura a parte – sem comentários – vejam a foto dele e do encontro.
Pessoal durante o culto

Ana e suas amiguinhas alemãs

O Pastor figurassa!

A semana foi de altos e baixos. A Rebeca foi pra Jena no domingo a tarde, depois que voltamos de Dietenhofen. Então, agora pra valer estávamos sozinhos em casa. Sentimos um vazio, pois já fazia uma semana que a Rebeca estava conosco nos ajudando em tudo. A segunda-feira foi bem tensa. O Alex saiu cedo pra ir pra primeira aula de alemão – uma espécie de “teste” pra ver se aquele nível estaria ‘ok’ pra ele. Da nossa casa até na escola leva em torno de 1 hora, contando ir a pé até na estação e pegar o trem e etc. Isto significa sair de casa logo depois das 8h e chegar em casa pelas 15:30h. O que é tenso nesse negócio é que desde que casamos dividimos o ministério – e sempre estávamos juntos no horário do almoço. O costume aqui é que o pessoal faz uma parada pra um cafezinho pelas 10:30-11h e depois almoça perto das 14h. O curso começa as 9:30h e termina as 13:45h. Isto significa que mais ou menos um ano a Lu precisa almoçar sozinha em casa e eu tenho que almoçar fora/ou levar algo de casa. Digo um ano, pois tenho 6 meses de curso de alemão e depois o latim na Uni em Erlangen (que é um pouco mais longe ainda) Como estávamos muito acostumados a estar juntos à mesa e a dividir as tarefas com a Ana, esta nova rotina nos deixou tristes. Na verdade, ainda não estamos acostumados com este costume deles.

Como achei que o nível do curso estava bom pra mim, resolvi me matricular. Na terça eu iria pro curso, mas como ainda havia coisas a resolver em casa, e a Lu estava triste com essa história de não poder estar juntos no almoço pelos próximos tempos, então resolvi ficar em casa na terça. Foi a melhor coisa – com certeza pela mão de Deus. Na metade da manhã a secretária do Depto. de Missão Intercultural me ligou. Disse que eu devia ter ido no escritório dela pra uma reunião. Na verdade, eu havia pedido pra desmarcar – mas tudo bem. Remarquei pra tarde e fui lá. Recebi a informação de que o meu Studienleieter (responsável por cuidar dos projetos de estudos dos doutorados / intercambistas / etc) Dr. Moritz Fischer achava melhor eu não começar imediatamente o curso, mas esperar um pouco e cumprir alguns passos da agenda que eles me propuseram. Decidi ficar e seguir no plano original deles. Com isto a semana ganhou alguns compromissos diferentes e tive mais tempo pra ficar em casa. “Todos comemoram!” hehehe

Adendo nerd: O Manuel, um dos rapazes do TI da Missão é muito bacana. Ele é “quase” cego. Usa teclado em braile, tem um monitor enorme com uma função lupa pra acessibilidade, e ainda um software que lê o que aparece na tela quando ele passa o mouse. No meio da semana meu carregador de bateria do note se foi, mais uma vez! Ele me ajudou a adquirir um novo no eBay. Como vi que o negócio foi bem ágil e seguro, resolvi encomendar uma bateria nova, pois a minha estava viciada. Novamente tudo bem rápido e tranquilo. O Manuel, apesar de quase não ver nada, fez as duas compras na minha frente em uns poucos minutos.
Durante a semana tivemos uma série de reuniões. Primeiro nos encontramos com o diretor geral da Missão, Pastor Peter Weigand. Foi muito engraçado. Esperávamos encontrar um alemão com todas as formalidades. A Ana acordou em cima da hora, e pra não chegarmos atrasados num compromisso “formal” resolvi ir na frente e as meninas poderia vir depois. O que me deixou desconcertado, foi que estava ali na sala de espera, quando chega um alemão de camiseta polo, bem descontraído e me cumprimenta em português dum jeito bem brasileiro. Não podia imaginar que era o diretor. Ele pediu pra esperar um pouco, e logo a Lu chegou com a Ana. Batemos umas fotos oficiais com a jornalista da missão e depois fomos pra “reunião”, que foi mais um bate-papo bem tranquilo. Ele nos deixou bem a vontade e com trabalhou muito tempo no Brasil, fez questão de apontar a diferenças culturais e nos mostrar quais seriam os caminhos mais tranquilos pra um bom começo por aqui. Saímos de lá bem felizes por termos sido recebidos oficialmente por ele de uma maneira tão brasileira.

Outro momento marcante da semana foi a ida a Erlangen na quinta-feira. Foi só o Alex junto com o Dr. Fischer. Era uma reunião com o Doktorvater (literalmente: pai doutor) Prof. Dr. Wolfgang Schoberth. Repare que estou escrevendo os títulos, o que é muito comum aqui. Ninguém me chama pelo primeiro nome na missão, é sempre Herr Stahlhoefer, Frau Stahlhoefer (pra Lu). E no caso dos doutores, o titulo é parte do nome: Dr. Schoberth, Dr. Fischer, etc. Mas, novamente foi uma surpresa pra mim conhecer o meu orientador. Um cara super tranquilo, sem cerimonias e protocolos. A preocupação do Dr. Fischer era que eu fosse aceito logo pelo Dr. Schoberth. Mas acho que o Schoberth não estava muito preocupado com isso, pois já foi logo pulando pra parte prática: os livros ficam ali, logo vamos lá ver como funciona tudo, pra mim você começa amanhã se quiser, etc. Pra ele estava tudo certo, eu já estava aceito e agora esta só começar pra valer. Então tiramos um tempo pra nos apresentar e conversar um pouco sobre as possibilidades pra iniciar os estudos. A Dr.ª Sauber, assistente do Dr. Schoberth também participou do encontro e foi muito legal. Me falou da experiência dela como doutoranda e agora como habilitanda (é um “segundo” doutorado que se faz para que um doutor se torne habilitado para a docência universitária no sistema alemão,  aqui você só é Professor Doutor, se você tem a habilitação). Depois demos umas voltas nos quarteirões no entorno da faculdade de teologia pra conhecer um pedacinho do complexo da Uni. Falamos sobre matricula, e exigências acadêmicas, etc. O que me deixou bem contente é que possivelmente só precisarei fazer um semestre de latim, e ainda poderia fazer aqui em Neuendettelsau na Augustana Hochschule (faculdade de teologia da Igreja Luterana da Baviera). Ele olhou minha grade e a primeira impressão é de que eu não preciso fazer grandes coisas, basicamente é ir direto pro trabalho de pesquisa. Então não preciso ir muito à Erlangen, somente algumas vezes por semestre pra participar de um ou outro seminário, pro encontro de doutorandos e pros diálogos agendados com o Doktorvater. No mais, posso trabalhar em casa, pegar livros, xerox, ou mesmo acessar via internet (obras completas de Lutero, de filosofia, dicionários e enciclopédias teológicas e filosóficas completas no portal da Uni). Com isto se foi o medo que tínhamos de ter que ficar fazendo viagens continuas entre nossa casa e a Uni. Fora que morar em Erlangen está cada vez mais difícil, os preços são realmente altos e muita gente acaba morando nas redondezas pra pegar algo mais em conta. Então, se é pra morar nas redondezas, num cubículo pagando caro, no momento acreditamos que vale a pena ficar por aqui mesmo. Mas, vamos ver pra onde Deus nos guiará.

Voltamos pra casa e ao chegar aqui o Dr. Fischer para o carro, me cumprimenta e me diz: “Meu nome é Moritz”. Eu pensei, “sim, já sabia que esse era o seu nome”. Mas, logo me lembrei do que a prof. Ruth sempre dizia lá em Timbó: “Primeiro você deve tratar os outros com “Sie”, formal, depois que ficarem mais próximos o alemão via “tu-sar”, isto é, vai permitir você usar o “du”, informal”. E foi o que ele queria fazer comigo, dali em diante, nada mais de Dr. Fischer, simplesmente chame de Moritz. E eu disse pra ele, não precisa nem falar Alexander, basta Alex mesmo – prefiro assim. Ah, o Moritz é muito legal também. Ele a esposa são pastores, e logo depois de se formarem foram enviado pra Tansania onde trabalharam por 7 anos. Seus 5 filhos nasceram lá (eles tem duas duplas de gêmeos!! hehe). Aqui ele trabalha na Missão e na Augustana como Professor de Missiologia. A habilitação ele escreveu sobre pentecostalismo na África – um trabalho muito interessante sobre a fé em tempos de globalização.

No sábado fomos para Ansbach, a cidade maior mais próxima de nós. Pra entender melhor o que quero dizer com cidade “maior” aqui funciona assim. Há varias categorias de “cidades”. Tem as dorf que são vilarejos com características rurais. Depois tem as cidades Stadt (um pouco maior) ou Gemeinde (um pouco menor) – depende do tamanho. Neuendettelsau é uma Gemeinde, e cidade vizinha Heilsbronn é uma Stadt. Como um guarda-chuvas administrativo existe o Kreis (circulo) que reúne os órgãos públicos como fórum, depto de extrangeiros, ministério do trabalho, depto de transito. No nosso caso o Kreis fica em Ansbach. Por isso nossa cidade “grande/maior” é Ansbach. Ainda que grande mesmo, pros padrões alemães seja Nürnberg. Em Ansbach fomos no shopping. Precisavamos de roupas pra meia estação e queríamos alguns eletros. Foi uma boa escolha ir pra lá. Tinha ótimas lojas, conseguimos comprar bons produtos com preços bem acessíveis e também pesquisar algumas coisas pro futuro. Tenso foi a volta, pois saímos correndo pra pegar o trem em Ansbach. Chegamos na estação, embarcamos e o trem saiu. Desembarcamos em Wicklesgreuth, onde fazemos troca de trem, e descobrimos que não havia trem pra Neuendettelsau naquele horário, teríamos que ficar alí mais uma hora! Pior, estava chovendo e só havia um abrigo pequeno pra ficar. Enquanto esperávamos, surgiu um figurão, fumando um cigarrinho, cheiro de uma “brejas” a mais, falando inglês e perguntando pra onde iriamos. Logo entendemos que morávamos na mesma cidade. Aí, o figura indignado por esperar tanto tempo resolveu oferecer um taxi pra pagarmos as meias. Topamos na hora. Problema é que aquela estação fica no meio do nada, nenhum telefone público, celulares sem crédito. No final, ficamos ali esperando o trem. E o cara muito indignado ficou ali por perto. Eu e a Lu estávamos conversando e o camarada me interrompe perguntando: “Are you from Rumenia?” (Vocês são da Romenia?). Disse que não, que somos do Brasil. O cara deu um sorriso largo e soltou aquele “Eu sou de Portugal”, com o típico sotaque portuga. Muito engraçada a situação. Depois ficamos batendo papo até o trem chegar. Ao chegar em Neuendettelsau a chuva ainda não havia parado, então pensamos em pedir ajuda pro Jandir, mas não estavam em casa. Aí o portuga, o nome dele é Francisco, nos deu o numero de um taxi. Chamamos e fomos pra casa. Bom, graças ao figura que encontramos pudemos chegar em casa bem, e secos!

No trem saindo de Neuendettelsau

Pai e Ana no jardim do castelo em Ansbach

O castelo do conde de Ansbach

Fomos as compras no shopping, na volta mamãe de chapéu novo e Ana com seu xale
Aventuras a parte a semana foi de bastante trabalho em casa, só no domingo conseguimos terminar de limpar tudo – aquele faxinão geral! Também devagar vamos adquirindo o que falta pra casa ficar como gostaríamos. Agora ainda precisamos de um maquina de lavar-roupas, uma bicicleta e alguns itens de decoração. Estávamos decididos a comprar um computador novo essa semana. Mas, vamos priorizar um pouco a casa. Ficar dependendo da maquina de lavar do prédio é complicado. Cada lavada custa dois euros (4 moedas de 50c). Nem sempre temos trocado, o que impossibilita a lavada. Então, comprando uma maquina, além da praticidade, vamos com o tempo economizar um pouco. Decidimos que vamos comprar uma net 3G USB pré-pago pra esse mês. Até resolvermos a instalação de uma DSL vai levar quase um mês, e gostaríamos de poder acessar mais e manter contato com os amigos e família. Além da facilidade de poder pesquisar as coisas que precisamos no dia-a-dia. Também um celular faz falta, nesta semana vamos arrumar um.

Queremos novamente agradecer as orações de vocês. Percebemos muito claramente que Deus tem nos carregado, sustentado, cuidado, dado ânimo, nos livrado dos perigos, nos provado, nos dado paciência, e muito mais. Estamos aprendendo muito sobre o valor da confiança em Deus, da oração, da paciência. Sentimos e percebemos pela forma com que tudo acontece por aqui, que o Senhor está nos conduzindo e que a oração dos crentes faz a diferença. Continuem intercedendo por nós! E a reciproca é verdadeira, compartilhem seus motivos conosco, com certeza vamos orar por vocês também – alguns de vocês já estão na nossa listinha!

Neste post também vamos deixar o contato pra quem quiser nos enviar algo pelo correio, o que seria muito desejável ehehehe – aceitamos erva de terere, erva de chimarrão, feijão, farinha da mandioca e outros itens brasileiros hehehe.

Heilsbronner Str. 16
91564 – Neuendettelsau
Fone: 00 xx 49 9874 66734

Abraços nossos a todos vocês!
Alex, Lu e Ana Luisa.